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O homem é por natureza um animal social. – Aristóteles, Política

O compartilhamento está no coração de todo o comportamento social, dando vida ao marketing boca-a-boca.

Os seres humanos têm compartilhado por mais tempo do que podemos lembrar. E não são apenas os humanos que compartilham. Compartilhamento tem sido observado em todos os tipos de animais, de insetos a aves e mamíferos. No nível mais fundamental, evolucionário, compartilhando alimentos e recursos nos ajuda a sobreviver.

E na vida moderna?

Hoje, a Internet permite que o compartilhamento ocorra a uma velocidade vertiginosa. De acordo com o Internet Live Stats, há em média mais de 10.000 tweets por segundo, a cada segundo. E o número não para de crescer.

Mas por que as pessoas fazem isso? Por que as pessoas começam blogs, postam atualizações no Twitter, escrevem livros, contam histórias, postam comentários no YouTube? Quais são as motivações por trás desse comportamento?

De acordo com a pesquisa de um professor de marketing da Universidade Wharton, Jonah Berger, existem 5 razões que explicam por que as pessoas compartilham:

1: Nós compartilhamos para causar boa impressão (Gerenciamento de imagem)

Um estudo de agosto 2014 realizado pelo Camp Mobile constatou que os jovens adultos (apelidado de “Selfie Generation”) compartilham fotos de si mesmos mais do que qualquer outro tipo de conteúdo em sites de mídia social.

Por quê? Há uma boa razão. Compartilhando uma foto de si mesmo em uma praia exótica ou em um restaurante caro faz você ser bem visto. É uma maneira rápida e poderosa para influenciar a forma como os outros o vêem (e até mesmo como você se vê).

Você é o que você compartilha. – Charles Leadbeater, We Think: The Power Of Mass Creativity

Em 1959, um sociólogo chamado Erving Goffman escreveu um livro intitulado A Representação do Eu na Vida Cotidiana. Ele usou o teatro como uma metáfora para descrever como todos nós desenvolvemos nossas identidades pessoais, apresentando-as aos outros.

Dentro deste quadro popular, o compartilhamento é uma das maneiras que realizamos as nossas identidades. Nós tweetamos e compartilhamos no Facebook e até mesmo presenteamos regularmente como uma maneira de dizer “Isso é quem eu sou.”

Quando experimentando diferentes formas de medir a atenção do leitor, o site de notícias viral Upworthy descobriu que um grande grupo de pessoas compartilham artigos sem sequer lê-los.

Em suma, muitos de nós realmente não compartilhamos o que lemos, compartilhamos o que queremos que os outros pensem que lemos.

 

2: Nós compartilhamos para nos sentirmos bem (Regulamento de Emoção)

Um seminal artigo de Ernest Dichter de 1966, sobre a publicidade boca-a-boca teve esse destaque: “… é falar sobre o produto que confirma ao orador sua autoridade e alegria sobre o produto, ou tê-lo descoberto.”

Quando você acabou de voltar de férias excelentes, você quer falar para seus amigos sobre isso. Isso ajuda você a reviver e reavivar os sentimentos felizes que você sentiu durante a viagem.

Por outro lado, se você teve uma experiência ruim você quer dizer aos outros como um mecanismo de enfrentamento para se sentir melhor e para corrigir a injustiça. As emoções são uma das principais motivações para o compartilhamento.

Em 2008, o estimado violão da marca Taylor do músico Dave Carroll foi quebrado durante uma viagem pela United Airlines. Depois que as conversas com a companhia aérea para uma compensação não deram em nada, Carroll decidiu escrever uma canção sobre o incidente e a compartilhou com o mundo.

Perguntei a mim mesmo ‘se Michael Moore fosse cantor e compositor, o que ele faria? – Dave Carrol

A canção se tornou viral, recebendo mais de 10 milhões de visualizações em apenas 2 meses. Também serviu como uma humilhação de relações públicas para United Airlines, que entrou em contato com Carroll para fazer uma reparação. Em contraste, Bob Taylor, o proprietário de Taylor Guitars, pessoalmente entrou em contato com Dave para lhe oferecer 2 guitarra grátis.

Falando (ou melhor, cantando) sobre a sua experiência não apenas ajudou Carroll a lidar com o desgosto de perder um violão amado, mas também a ter milhões de pessoas exigindo justiça em seu nome.

 

3: Nós compartilhamos para ensinar, ajudar ou obter ajuda (Aquisição de Informação)

Quando o namorado da usuária anessa_vayde do Reddit  tinha 12 anos, seu pai faleceu. Sobrecarregado pelo fato de que eles nunca tiveram uma conexão muito grande , o namorado carregava uma foto de seu pai em sua carteira ao longo dos últimos 14 anos. A foto velha era uma das poucas que o namorado tinha de seu pai, e a foto não dava muitas pistas de onde foi tirada.

Na esperança de descobrir onde a foto foi tirada para que o namorado pudesse viajar para onde seu pai tinha vivido, anessa_vay postou a foto ao Reddit. Dentro de 3 horas a comunidade internacional veio em seu auxílio e identificou o local obscuro, um testemunho de quão rapidamente informação útil pode ser compartilhada nesta era da Internet.

Em uma conversa do TED intitulado “A história do nosso mundo em 18 minutos”, o historiador David Christian descreve como essa aprendizagem coletiva ajudou a espécie humana florescer e se desenvolver de forma dramática.

A aprendizagem colectiva é a fonte de nossa criatividade como uma espécie e a razão pela qual nós, sozinhos, temos uma História. – David Christian

Quando você tem um problema, você não tem que descobrir por só como resolvê-lo. Você pode contar com a sabedoria coletiva de pessoas que já passaram por isso antes.

No coração do aprendizado coletivo está o compartilhamento de informações. Nós compartilhamos informações porque nos ajuda a sobreviver. Nós aprendemos mais rápido. Nós tomamos melhores decisões. Nós realizamos mais com menos.

 

4: Nós compartilhamos para nos conectar com outras pessoas socialmente (ligação social)

Na década de 90, o antropólogo britânico Robin Dunbar descobriu uma relação entre o tamanho do cérebro de um primata e o tamanho médio do seu grupo social. Extrapolando este valor para os seres humanos, ele propôs que as pessoas podem manter confortavelmente apenas 150 relações sociais estáveis. Este passou a se tornar o número de Dunbar que foi famosamente utilizada em psicologia de gestão e cultura pop.

Em um trabalho de pesquisa subseqüente, Dunbar argumenta que a linguagem evoluiu para substituir afago social, uma vez que nos permite usar o nosso tempo para a interação social de forma mais eficiente. Falar e compartilhar com os outros são formas eficientes de reforçar os laços sociais.

Um recente estudo da AT Kearney constatou que de hoje indústria do esporte mundial gera até $ 700.000.000.000 (700 bilhões de dólares) anualmente. É difícil dar sentido a essa quantidade de arregalar os olhos até que você pensa sobre o esporte como um canal para as relações humanas. Quando se reunir com os amigos para falar sobre a seu time de futebol, ou de voley, você reforça as coisas que você tem em comum e que ajudam você a se conectar.

Nós não estamos no negócio de vender basquete ball. Estamos no negócio de dar-lhe uma chance para criar experiências compartilhadas. – Mark Cuban, dono do Dallas Mavericks

Somos motivados a compartilhar com as pessoas em nossas vidas para nos sentirmos ligados a eles e para alimentar os nossos relacionamentos.

5: Nós compartilhamos para convencer/persuadir (persuadindo os outros)

Em 2012, a organização de ajuda Invisible Children começou uma campanha de vídeo na Internet sobre Joseph Kony, um criminoso de guerra de Uganda. Kony tinha sido responsável pelos raptos e abusos de crianças e outros atos hediondos.

O vídeo começa com clips do filho novinho do diretor Jason Russell perturbado pelas informações sobre Kony. Russell e a Invisible Children criaram a campanha na esperança de convencer outros cidadãos e o governo dos EUA a prenderem Kony no final de 2012.

Quando lançado, o vídeo se tornou viral e 58% dos jovens adultos americanos ouviram falar sobre Kony nos dias que se seguiram. A campanha resultou com sucesso em uma resolução do Senado dos Estados Unidos, alguns meses depois.

Não se trata apenas de acontecimentos geopolíticos longe do alcance que o compartilhamento pode influenciar.

Em 2009, Karen notou que Bowersox Maggi, sua neta de 4 anos que tinha síndrome de Down, tropeçava sobre seus jeans, que eram muito longos. A condição dá às crianças uma forma original do corpo fazendo com que roupas normais não as vistam bem.

“Minha filha disse ‘Mãe, por que você não fazer roupas para alguém com síndrome de Down? Isso foi um sinal”, ela disse. “Eu não conseguia tirar isso da minha cabeça.”

Alimentada por seu amor pela neta, Karen foi ao Kickstarter para conseguir ajuda no financiamento de uma linha de roupas para pessoas com síndrome de Down. Inspirado por sua missão, apoiadores compartilharam a história de Karen e ajudaram o projeto a levantar mais de quatro vezes o seu alvo original.

Compartilhar nos dá o poder de persuadir os outros e convencê-los a agir. Um poder que pode mudar o mundo.

Conclusão: O compartilhamento é uma característica humana criticamente fundamental.

Nós compartilhamos porque isso foi implantado em nós há milhares de anos. Compartilhamento está no centro daquilo que nos torna social e ser social é o que nos ajudou (e continua ajudando!) a aprender, crescer e florescer como uma espécie.

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